quarta-feira, 18 de julho de 2012

Basta querermos mudar de vida que conseguimos !!!

 

Com nota alta no Enem, ex-interna da Febem entra na faculdade


Garota de 19 anos ainda está em liberdade assistida.
Ela está cursando administração numa faculdade na região de Ribeirão Preto.
Os dois anos na Fundação Casa (ex-Febem) não fizeram com que Carolina (nome fictício), 19 anos, desistisse dos planos de cursar uma faculdade. Estudiosa, ela fez o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no ano passado, durante o período que ficou na instituição. Tirou 81,27 (numa escala de 0 a 100), e garantiu uma vaga num curso superior pelo Programa Universidade para Todos (ProUni), do Governo Federal, que dá bolsas de estudos em entidades privadas.    
O nome verdadeiro da jovem não pode ser divulgado porque ela está em liberdade assistida até o final do mês. Carolina foi presa por tráfico de drogas e depois do tempo na fundação, recebeu o benefício de poder ficar em casa contanto que frequente atendimento especializado semanalmente.
A nota da estudante no Enem foi superior à média nacional dos participantes do exame em 2006 que tiraram 42,95. A pontuação da ex-interna também foi maior que a média da escola que apresentou o melhor desempenho do Brasil, o colégio piauiense Dom Barreto, com nota de 74,71.
Carolina é extrovertida e fala de forma articulada. Não evita nenhum assunto e não se encabula quando é questionada sobre os problemas que causaram sua prisão.
Desde o começo deste mês, ela cursa administração, à noite, numa entidade privada na região de Ribeirão Preto. A jovem pediu para omitir o nome da faculdade porque teme sofrer preconceito dos colegas que não sabem que ela é uma ex-interna. “Vou contar para eles depois que me conhecerem bem. Já pensei até como vou falar, na frente da sala, para todo mundo ouvir. Sei que depois eles vão me fazer um monte de perguntas, mas não me importo, quero explicar o que é viver na Febem”, diz ela. “Não é um lugar bom, mas ajuda quem está disposto a mudar”, completa.
A graduação não é exatamente o que ela queria, preferia serviço social, mas não havia vaga para este curso. Persistente, diz que vai cursar a graduação que realmente quer depois que concluir administração. O gosto pela área veio do contato com as assistentes sociais da Fundação Casa. “Elas sabem conversar e me ajudaram muito”, relata

 by: Pedro Henrique Vieira Lima

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